sábado, 2 de maio de 2015

Eu me arrisquei a deixar fluir o que não era ...


Eu permiti que a nevoa pairasse entre o que estava acontecendo e o que poderia acontecer, eu quis porque era improvável, mas a nevoa era tão espessa que eu não percebi que na verdade estava de olhos fechados, quando você aceita caminhar em uma ilusão aceita também correr o risco de cair de um precipício inexistente e justamente por não existir ele não tem fim. Você fica em uma inércia e espera que qualquer fator externo afete essa queda livre. A pior droga é aquela que tem efeito sobre a sua mente porque ela vai despir a roupa que a sanidade coloca, ela tira o véu que a razão impõe e você não é capaz de enfrentar o espelho sem a ajuda de uma farsa. Por isso as drogas são tão perigosas, elas tendem a te deixar exposto a você mesmo, o que pode não ter volta ou não ter fim. Enquanto eu escrevo essa declaração/pedido de socorro, fico com meus pensamentos nus diante da sua retina e peço que caso me encontre na rua, olhando para lugares aleatórios ou desacreditada do amor, me abrace por mais tempo que de costume e me chame de volta para a realidade, pois meu caro amigo, eu estarei em uma trilha perpétua para a lou-cura e essa foi a melhor forma que eu encontrei para curar os lugares que não demonstravam feridas.

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